8 de dezembro de 2014

Vasto Mar de Sargaços

Autor: Jean Rhys
Ficção | Género: romance
Editora: Biblioteca Sábado | Ano: 2009 (publicado originalmente em 1966) | Formato: livro | Nº de páginas: 179 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: fiz a coleção da Biblioteca Sábado.

Quando e porque peguei nele: 30 de outubro a 3 de novembro. Tinha lido o Jane Eyre à pouco tempo e como tinha ouvido dizer que era uma prequela, achei que era melhor ler este que reler o livro da Charlotte Brontë.


Opinião: Talvez seja estranho, eu pelo menos acho estranho, mas ao ler este livro supostamente inspirado numa história de uma das irmãs Brontë, de que por acaso gostei bastante, lembrei-me foi de uma outra história, de uma outra irmã Brontë e que por acaso não me cativou  por aí além. E tal como esse, este livro pouco ou nada fez por mim.

Apesar de Jane Eyre ser a força do livro com o seu nome, não deixa de haver outras personagens que exercem algum fascínio sobre o leitor, ou pelo menos sobre mim. Posto isto, está claro que Rochester e Bertha são as duas personagens que se destacam por terem um passado misterioso e comum, passado esse que influencia a narrativa de Charlotte. A descoberta desse passado levou-me então a pegar nesta história e de certa maneira não consegui deixar de me sentir enganada.

Para começar, entendo que um autor tenha liberdade criativa mas ao pegar, ainda que sem nunca ser realmente explícito que se tratam das mesmas personagens, na história de uma outra pessoa, eu esperava que alguma coisa das personagens se mantivesse nesta nova visão mas acabei por achá-las completos estranhos. Também sei que a visão que temos pode ser algo enviesada, em Jane Eyre nunca temos a perspectiva de Bertha, mas pareceu-me que estava a ler coisas diferentes e por isso rapidamente perdi qualquer entusiasmo.

Nunca me senti ligada às personagens, sendo que ambas me desesperaram um pouco pelas suas atitudes, a meu ver, bastante inconstantes e por isso algo incompreensivas. E foi neste aspecto que achei o livro mais parecido com o de Emily do que o de Charlotte.

Outra coisa que aproximou este livro a O Monte dos Vendavais foi a descrição do local. O ambiente também me sufocou e oprimiu, conseguia sentir a humidade e o calor doentio, mas não foi o suficiente para em cativar.

Não digo que foi um tiro ao lado, tenho a certeza de que a autora terá tido alguma motivação e terá conseguido atingir o seu fim, mas ao retratar uma realidade que para mim é algo desconhecida, como é o séc. XIX jamaicano e as convulsões sociais que aí parecem ter tido lugar, posso não o ter apreciado dignamente. Também reconheço que o facto de o ter colado no meu imaginário a Jane Eyre, não ajudou a apreciar este livro de forma livre, digamos assim, já que esperava um outro tipo de história, e a escrita em stream of conscious, talvez por não estar muito habituada ao estilo, pareceu-me bastante confusa.

Enfim, não foi um livro para mim mas questiono-me o que teria achado do mesmo se o tivesse lido sem o ter preso ao Jane Eyre. :/

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso.

1 comentário:

Tita disse...

Acho que o li o ano passado e não gostei nada :/ E acho mesmo que teria sido melhor se não tivesse ligado a Jane Eyre pois, tal como tu, não senti empatia nenhuma com as personagens.
Bjs

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